quinta-feira, 30 de agosto de 2012

A grandeza de Deus e a fragilidade do homem



Texto base: Salmo 19
Link: http://www.youversion.com/pt-BR/bible/ps.19.nvi-por

O homem é de facto um ser fascinante, dentre todas as espécies que habitam a face terra, nenhuma é tão misteriosa quanto a nossa. A raça humana é capaz de coisas incríveis e espantosas, ergue e derruba impérios, inventa coisas fantásticas e modifica o meio ambiente ao seu redor segundo seu bel-prazer ou necessidades.
A força de vontade humana é tão grande que nos perguntamos: qual é o limite? E tratando-se de limites, o ser humano busca dia após dia superá-los, reafirmando seu poder e domínio sobre a Terra.
Pois bem, o ser humano é “forte”, “inteligente” e “audacioso”, mas eis que em determinado momento de sua vida surge um vírus qualquer. Sua estrutura é absurdamente simples e seu tamanho é tão reduzido que são necessários equipamentos especiais para que ele seja visualizado. Entretanto este ser aparentemente insignificante pode fazer do homem mais poderoso o ser mais frágil da Terra, pondo fim a sua vida. Chegamos então ao seu primeiro e mais inevitável limite: a morte.
Ainda sim, o ser humano segue sua obstinada existência sobre a terra, os avanços da ciência apontam à cura de diversas doenças e a caminhos a seguir, por um momento ele dribla a morte ou aquilo que o poderia por um fim precoce a sua vida. Mas eis que a local em que vive sofre em decorrência de uma tempestade, ou calor excessivo, um terremoto ou qualquer outro evento do género deixando-o completamente perplexo e impotente. Chegamos então ao seu segundo limite: a força da natureza.
Não sendo o bastante tentar ludibriar a morte, e em alguns casos até controlar o poder da natureza, ele ainda organiza-se em grupos e em sociedade, baseado na ideia de que sozinhos somos fracos e unidos somos fortes. Para tanto cria leis que regem sua vida e determinam comportamentos a serem seguidos.  Faz do dinheiro algo tão importante que para alguns é impossível ser feliz longe dele.
Entretanto, por mais que esteja organizado, a má índole humana sempre encontra espaço para manifestar-se. Surgem assim as crises económicas decorrentes da ganância, conflitos e guerras. Assim sendo, encontramos mais um de seus limites: a convivência com o próximo.
Mas ainda que a ciência possa evoluir ao ponto de driblar a morte, ainda que o homem possa se tornar tão forte ao ponto de domar a natureza, ainda que sua inteligência assegure o bem-estar da sociedade, ele jamais conseguirá escapar a impetuosa acção do tempo.
Podemos concluir então que o ser humano é limitado basicamente:

  • ·         Pela morte;
  • ·         Pela força da natureza;
  • ·         Por dificuldades de convivência;
  • ·         Pela acção do tempo;

Como se não bastasse todas estas limitações, nós ainda somos pecadores e destituídos estamos da glória de Deus, como Paulo escreve aos Romanos 3-23:
Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”

A grande parte das limitações humanas são consequências directas do pecado, afinal o homem não foi feito para perecer e autodestruir-se, Deus nos criou a Sua imagem e semelhança para que pudéssemos desfrutar de um relacionamento próximo a Ele, mas o pecado do homem criou um enorme abismo entre nós e Deus. Pelas nossas próprias forças é impossível atravessar esse abismo. Portanto sabemos que somos limitados e não podemos nos achegar a Deus por nós mesmos, é necessário que haja alguém que intervenha, pois Ele é o mais absoluto oposto do que nós somos.

Salmos 121-4:
“Eis que não tosquenejará nem dormirá o guarda de Israel.”

Isaías 40-28:
“Não sabes, não ouviste, que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos fins da terra, nem se cansa nem se fatiga? não há esquadrinhação do seu entendimento.”

Romanos 16-25 ao 27:
“Ora, àquele que é poderoso para vos confirmar, segundo o meu evangelho e a pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério que desde tempos eternos esteve oculto, mas que se manifestou agora, e se notificou pelas Escrituras dos profetas, segundo o mandamento do Deus eterno, a todas as nações, para obediência da fé; Ao único Deus, sábio, seja dada glória, por Jesus Cristo, para todo o sempre. Ámen.”

Deus não está limitado ao tempo como nós, Ele é eterno, não se pode medir a extensão do Seu poder e de Sua existência. Ele vai além do que o nosso entendimento pode alcançar, por mais que a razão humana procure explica-lo, por mais que se busque encaixá-lo em modelos, por mais que se tente usar o Seu nome segundo seu próprios interesses, não é possível ao homem alcançar aquilo que Ele realmente é.

Apocalipse 1-8:
“Eu sou o Alfa e o Ómega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há-de vir, o Todo-Poderoso.”

Jó 41-11:
“Quem primeiro me deu, para que eu haja de retribuir-lhe? Pois o que está debaixo de todos os céus é meu”

Isaías 43-13:
“Ainda antes que houvesse dia, EU SOU; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos: operando eu, quem impedirá?”

Jó 42- 1 e 2:
“ENTÃO respondeu Job ao Senhor, e disse: Bem sei eu que tudo podes, e nenhum dos teus pensamentos pode ser impedido.”

Não existem limites para a vontade de Deus, nem ao Seu poder, os céus e a Terra são obras de suas mãos, mesmo o universo e sua infinita extensão é pequeno e irrisório diante Dele, quanto mais o ser humano. As obras Dele testificam sua grandiosidade e poder.

Salmos 139-1 ao 12:
“Senhor, tu me sondas e me conheces.
Sabes quando me sento e quando me levanto;
de longe percebes os meus pensamentos.

Sabes muito bem quando trabalho
e quando descanso;
todos os meus caminhos
são bem conhecidos por ti.

Antes mesmo que a palavra
me chegue à língua,
tu já a conheces inteiramente, Senhor .

Tu me cercas, por trás e pela frente,
e pões a tua mão sobre mim.

Tal conhecimento é maravilhoso demais
e está além do meu alcance;
é tão elevado que não o posso atingir.

Para onde poderia eu escapar do teu Espírito?
Para onde poderia fugir da tua presença?

Se eu subir aos céus, lá estás;
se eu fizer a minha cama na sepultura,
também lá estás.

Se eu subir com as asas da alvorada
e morar na extremidade do mar,

mesmo ali a tua mão direita me guiará
e me susterá.

Mesmo que eu diga que as trevas
me encobrirão,
e que a luz se tornará noite ao meu redor,

verei que nem as trevas são escuras para ti.
A noite brilhará como o dia,
pois para ti as trevas são luz.”


Há um Deus diante de nós, poderoso e que tem o tempo e a morte na palma das mãos, um Deus grandioso, poderoso e sem limites. Se paramos para pensar, Ele parece muito distante de nós, afinal Ele habita nos altos céus, tudo vê, tudo sabe e tudo pode, e nós pequenos e frágeis habitamos na Terra, limitados à nossa efémera existência.
Entretanto, mesmo sendo tão grande e poderoso, aparentemente inalcançável diante das nossas limitações e pecados, é capaz de nos amar incondicionalmente. Por isso Ele quer ter um relacionamento connosco, mas não uma relação baseada apenas no medo de Sua ira, mas um relacionamento baseado no amor. Por conta de Seu amor para connosco, Ele entregou Seu único Filho, Jesus Cristo, para que Seu sangue nos limpasse de nossos pecados e fizesse uma ponte entre aquele abismo intransponível que nos separava de Deus.

João 3-16:
“Porque Deus amou o mundo, de tal maneira, que deu o seu Filho unigénito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”

Ele é tão grande mas mesmo assim pode habitar em nosso coração.

Apocalipse 3-20:
“Eis que estou à porta, e bato: se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.”

Ele parece tão distante mas um dia voltará para nos buscar e viver com Ele para Sempre.


João 14-1 ao 3:
“NÃO se turbe o vosso coração: credes em Deus, crede, também, em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar. E, se eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós, também.”

Cristo é o nosso refúgio e esperança, por isso assim como Paulo escreveu aos Romanos 8-18, podemos afirmar: “Porque, para mim, tenho por certo que as aflições deste tempo presente, não são para comparar com a glória que em nós há-de ser revelada.”

Amém!

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